Cá estou eu, mais eu mesma que nunca, em minha redoma... Quase louca.
Nem a madrugada, nem minhas unhas, nem minhas convicções, nem nada que proclamei sólido nesta vida – essas coisas que a gente constrói na cabeça e salpica de chão, só pra não haver risco de vê-las fora do controle – nada é o bastante. Eu sou eu. E isso me enlouquece.
Às vezes me vem uma insanidade doida (perdoe-me, cara Língua) e tudo o que me resume é uma vontade de indagar ao Universo: por que tanta alma num corpo só? Mas não é questão de alma. É questão de não saber ser pela metade, ou é a patologia adolescente mais enfadonha do mundo: hiperdimensionar as coisas. Porque é isso. Se é no meu coração que se instala, me parece maior e mais intenso do que é de fato.
E o que se faz, vida? Revoga-se o direito sobre os próprios pensamentos até que alguma tsunami venha roubar-me o fôlego? É essa mesmice que me causa taquicardia, e não as emoções desmedidas. Não as estou absolvendo. Elas são verdadeiras vilãs. Vampirizam-me, parasitam-me. Mas me enchem de algo que não sei – não consigo – viver sem. São meu vício, a minha droga. São a minha maneira de sentir-me viva, inteira, completa... Livre.
Perdoem-me, que eu só sei viver de amor...
5 comentários:
oawu.... morram de inveja de mim pq eu sei sobre o que o texto trata ;D UHSAUHSAHUSAUHHU' || lindo, parabéns irmã \o
Meu queixo sempre indo ao chão quando leio seus textos... Vou ficar sem mandíbula... Belíssima escolha de palavras, como sempre, você arrasa.
Vou ler seus textos até sempre, mesmo que tenha que pagar, pagaria com prazer (a.k.a Livros)
Como sempre delicado, sentimental e sombrio, como uma rosa em um jarro d'água num quarto ao final da tarde.
Ah, a juventude...
o bom de crescer é aprender que existem outras coisas além de amor pra se viver. mas digo logo que a mais gostosa ainda é viver de amor.
talvez até amor, cerveja barata e omelete.
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