(Duas coisas que não
faço há tempos: postar no Tecedor e escrever poesia. Aliás, esta é a primeira
poesia que posto no blog, como fruto de um desafio textual da minha amiga Rhuana, com o tema 'álcool'. Não
me orgulho muito dos meus textos em verso, mas é o que tem pra hoje. Espero que dona Rhu não se importe
com a paráfrase com o título do blog dela, o Memórias Meio Sóbrias, que eu recomendo, aliás.)
Hás
de perdoar o meu amor atípico?
Hás
de perdoar, amor, a exaltação
Se
foi teu elevado teor etílico
Que
embriagou-me em pedir perdão?
Ponho
na conta do meu triste vício
A
ébria sede de te amar, e a ânsia
Mas
se me ofereci inteira em sacrifício
Que
caia a culpa em tua inoperância
Perdoarás,
amor? Não peço tanto
Só
que me ponhas no lugar de outrora
Perdoarás,
amor? Que desencanto
Que
seja eu a suspirar agora!
Perdoarás,
amor, esta bandida
que
te enlaçou como estivesse louca?
a
jovem insana, tola, atrevida
que
ensandeceu por não alcançar-te a boca?
Perdoarás,
amor?